Eu, Izidine

Faça sol ou chuva...
Haverá uma batalha e logo outra
Estrelas brilham no tempo e no espaço
Interagindo perturbadora universalidade

Sinto ter vantagens...
Horizontes de significação
Alguém duviiida
É uma posição sem vitória

Não existem impossíveis
Muito menos discursos microfísicos do poder
Quero o meu nome...
Escrito no livro da vida.

Meu Irmão

Professor
Numa noite olhaste o espanto do céu
Não havia palavras
Sonhos desfeitos numa viagem ao além

Razão, paixão e individualismo
Escumalhas no ar...
Não entendias o que sabias
Nem com o sol, lua e estrelas

Deixaste-nos...
A tua menina
Pérola do Índico de incalculável valor
Meu Irmão.

Mamã

Partiste
Partiste para a eternidade
Conversando
Levada pelo vento da satisfação

Nããão
Ai mamãããã
Nem as zero horas...
deixaste de lutar pela nossa distinção

Mulher de mil sofrimentos invisíveis
Mulher determinada pelo arco-íris da razão
Um beijo de todos nós
Mamã.

Poeta de Moçambique

Vim ao mundo na terra da boa gente
Reluzente naveguei...
Nas margens do Índico e do Atlântico
Entre gravidade de sombras e de silêncios

Nas águas do Limpopo do Dilúvio do Milénio
Evolucionando...
Entrocaram-se as portas do conhecimento
Abençoando-me para viver

O fadário arraigado no vezo duma mentalidade tirânica
Esgarçou-se hipostasiado no Verão '2003...
Senso da emasculação do pensamento
Pendão das grandes determinações.